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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Por que celebrar o Ofício Divino?



A oração do ofício divino é um meio para a oração. Existem diversos e diferentes meios que podem nos ajudar a rezar e a qualificar a nossa oração. Sabe-se que a oração do ofício foi inspirada pelas primeiras comunidades cristãs, que se reuniam em torno da Palavra de Deus para cantar os salmos e proclamar o louvor de Deus. Essa oração é a própria oração de Jesus, que se prolonga e atualiza na Igreja.

“A maioria dos adolescentes e jovens buscam na espiritualidade respostas para as questões existenciais e para seu compromisso batismal na construção de uma sociedade com os valores do Reino de Deus. Na liturgia fazemos memória da Páscoa de Jesus, a Páscoa da vida. Na celebração do mistério pascal, a juventude recorda suas alegrias e tristezas, conquistas e desafios, desejos e frustrações. E assume o projeto de Jesus que é de Vida em abundância”. As Pastorais da Juventude (PJs), preocupadas em ligar compromisso político e mística, têm valorizado o Ofício Divino das Comunidades, reconhecendo nele importante referência de oração que abraça a tradição antiga da Igreja e a espiritualidade latina Americana. O Ofício Divino da Juventude assume ainda mais essa herança dos antepassados, numa linguagem adaptada às novas gerações sedentas de beber no manancial onde bebeu Jesus e as comunidades cristãs desde o início. (ODJ, pág.04)

Como Lassalistas incentivamos o uso do OdC e o OdJ, como instrumentos que nos permitem o encontro com o Sagrado, tanto de maneira pessoal como na vivência de comunidade.


Elementos e estrutura do ofício

Chegada

A oração comunitária, a oração do grupo, depende da qualidade de participação de cada pessoa. Por isso, é bom chegar antes do início do ofício, da oração. Preparar bem o ambiente com os símbolos necessários: velas, flores, bíblia, simbologia da realidade com qual está celebrando... Mas, sobretudo, preparar-se pessoalmente, fazendo um momento de silêncio e oração pessoal. Para tanto, pode-se utilizar músicas instrumentais, mantras.

Abertura

Os ofícios começam com versos bíblicos que nos ajudam a mergulhar na oração. São versos, frases Bíblicas que nos alertam, motivam e ajudam para este momento de encontro mais íntimo com os colegas, amigos... e com Deus. Pode-se, também, escolher cantos ou mantras que ajudam e convidam para entrar em oração.

Recordação da vida

A vida, os acontecimentos de cada dia, as pessoas, suas angústias e esperanças, suas tristezas e alegrias, as lembranças marcantes da história... São sinais de Deus.

Reservar um tempo para recordar a vida, partilhá-la com o próximo, lembranças e preocupações, é ajudar a tornar a oração verdadeira. Pois a oração não é separada de nossa vida; do nosso dia a dia.

É importante que a partilha seja feita em clima de espontaneidade. Quem anima pode perguntar: “O que aconteceu de importante nestes dias que gostaríamos de recordar?”, Há alguma lembrança, que os irmãos e irmãs gostariam de partilhar? Ou “Quais foram os fatos, os acontecimentos, as situações e as pessoas que marcaram nossas vidas nesta semana? Pode-se ao final, realçar as possíveis ligações entre os fatos e os sinais da presença de Deus.

Hino

O Hino no ofício é um canto diferente. Tem o objetivo de expressar de maneira poética e popular a relação do mistério pascal de Jesus, e ou do tempo litúrgico. O grupo tem a liberdade de escolher outros hinos, valorizando os “hinos da juventude”, os hinos da caminhada latino americana” e os “hinos da música popular brasileira”, sem perder o sentido de explicar o mistério celebrado.

Salmo

É um dos elementos centrais no Ofício Divino. São poemas, preces, cânticos,... que acompanham o povo de Deus a caminho da terra prometida e foram a oração de Jesus, de Maria, das primeiras comunidades cristãs. Podem trazer as alegrias, esperanças, o amor, a indignação, sofrimentos...

Leitura Bíblica

Em cada oração do ofício está prevista uma leitura bíblica. Pode-se escolher uma leitura breve ou a leitura do dia, que deverá ser lida na Bíblia. Outra sugestão é a de escolher leituras próprias para as festas e memórias dos santos e santas.

É importante, após a leitura do texto bíblico, tomar um tempo para fazer silêncio e repassar no coração o que ouvimos ao recordarmos as coisas da vida e ao escutarmos as Sagradas Escrituras. Após um tempo suficiente de silêncio, pode-se partilhar sentimentos, apelos, impressões, que a Palavra de Deus fez surgir em nós.

Quando a leitura é do evangelho costuma-se cantar um canto de aclamação antes e depois da leitura.


Meditação

Depois da leitura há um tempo para meditação, tempo de deixar a palavra entrar mais profundamente no coração e na alma, indo ao encontro com a nossa experiência de vida. Após esse tempo de silêncio pode-se realizar uma partilha de sentimentos, compromissos que a palavra fez surgir em nós.

Cânticos do Evangelho

Pela manhã, por antiga tradição, se canta o cântico de Zacarias (Lucas 1,68-79), ao despontar para nós o Sol da justiça; á tarde, o Cântico de Maria (Lucas 1,46-55), dando graças ao pai por sua manifestação na História; e à noite, o Cântico de Simeão (Lucas 2,19-32), na grata e serena alegria de quem viu a salvação acontecer.

Preces, Pai Nosso, Oração

Louvar, agradecer, pedir, interceder pelas pessoas é tarefa de cada comunidade cristã. Pode-se fazer às que já estão propostas no ofício, ou ainda, elaborar espontaneamente as preces. Ao final das preces, todos cantam, ou rezam, o Pai Nosso. Ao final do Pai Nosso, o(a) coordenador(a) pode confluir as preces com uma breve oração.

Benção

Nesse momento, pedimos a Deus que nos conceda a sua benção e a sua força na luta, do dia a dia, que continua. Poder-se-á recorrer a intercessão dos(as) Santos e Santas conhecidos(as) para que intercedam a Deus por nós. Os jovens gostam de terminar o ofício com um canto, uma ciranda ou abraço da paz.





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